terça-feira, 30 de junho de 2009

Fórum Permanete e Interdisciplinar de Saúde

Ontem fui com duas amigas fonoaudiólogas até Campinas assistir este fórum.

SOBRE O EVENTO:

A integração de serviços em redes de atenção é um dos pressupostos básicos para a organização de Sistemas de Saúde, que está presente na legislação que regulamenta o SUS. Ontem fui até Campinas com duas amigas fonoaudiólogas, na Unicamp assistir este fórum.
Promovê-la na prática, entretanto, é um grande desafio que voltou à agenda política da saúde no Brasil após a aprovação das novas diretrizes organizativas para o SUS, presentes no Pacto pela Saúde. Com o intuito de debater os avanços e desafios, reuniremos, nessa edição do Fórum Permanente da Unicamp, os principais personagens envolvidos com a formulação e com a implementação de políticas na área.

O fórum foi muito bom, entretanto gostaria muito que as pessoas do topo da hierarquia de Limeira estivessem presentes para assistir!!!

sábado, 27 de junho de 2009

Ambulatório de Saúde Mental - Limeira

Como faço parte da equipe do Ambulatório de Saúde Mental de Limeira, vou falar um pouquinho do sobre o nosso trabalho (informações retiradas do folder da Assessoria Departamental de Saúde Mental).

A Assessoria Departamental de Saúde Mental "Dr. Fernando Regis Dantas", está em funcionamento desde o ano de 1990, e presta atendimento a crianças, adolescentes, adultos e idosos, além de pessoas autistas (CEMA), com transtornos mentais severos (CAPS II), que estejam apresentando dificuldades afetivas, psíquicas, familiares e/ou sociais que possam interferir no desenvolvimento, comprometer o desempenho escolar e a convivência.

COMO UTILIZAR OS SERVIÇOS
O paciente para ser atendido no "Ambulatório de Saúde Mental de Limeira", deverá ser encaminhado por outros profissionais da saúde. Sendo que a pessoa encaminhada passará por uma triagem, a fim de ser encaminhada para o tratamento adequado.

ÁREAS DE ATENDIMENTO

PSIQUIATRIA: o médico psiquiatra faz atendimentos de consultas. Prescreve medicamentos, orienta e encaminha pacientes e familiares para terapias com outros profissionais da Saúde Mental.

Foto de Aaron Escobar

PSICOLOGIA: o psicólogo realiza atendimento em: psicoterapia individual ou em grupo para para crianças, adolescentes, adultos e terceira idade.
Grupos: Orientação familiar, Terapia Comunitária, Álcool e Drogas, Depressão e Ansiedade, Elaboração de Luto, Obesidade, Terceira Idade e demais transtornos.
O atendimento na área da psicologia também é disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Limeira:
* UBS Aeroporto
* UBS Nova Suiça
* UBS Morro Azul
* UBS Cecap
* UBS Planalto
FONOAUDIOLOGIA: a fonoaudióloga promove terapias que facilitam a elaboração e compreensão da linguagem. Realiza avaliação e orientação individual ou em grupo para crianças, adolescentes e adultos.
TERAPIA OCUPACIONAL: o terapeuta ocupacional promove terapias que objetivam a melhora de habilidades ligadas ao desempenho do indivíduo em suas atividades de vida diária (trabalho, estudo, lazer) e atividades de cuidado pessoal (higiene, atividades físicas, etc).
ENFERMAGEM: a enfermagem realiza pré e pós-consultas aos pacientes do ambulatório.

"As atitudes são mais importantes que os fatos. Qualquer fato que enfrentarmos por mais penoso que seja, mesmo que pareça irremediável não será tão importante como nossas atitudes para com ele".


Av. Ana Carolina de Barros Levy, 650 - Centro.
Fone: (19) 3497-3853.
Limeira - SP.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Identificando o AVC - derrame cerebral

24 de Junho - Dia Mundial do AVC

Hoje é comemorado o dia internacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente chamado de derrame cerebral.

Para ajudar as pessoas que sofreram o AVC e seus familiares, vou escrever um pouco sobre essa doença.

Muitas artérias se ramificam no interior do cérebro para levar oxigênio e substâncias para o seu funcionamento adequado. Então o AVC poderá ser de dois tipos:

Acidente vascular isquêmico: consiste na oclusão de um ou mais vasos sangüíneos por ateromas, trombose ou embolia, que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro. Quando uma dessas artérias sofre oclusão, o território do cérebro que deveria ser irrigado por ela entra em processo de anóxia, ou seja, de falta de oxigênio e muitas células, principalmente muitos neurônios morrem.

Acidente vascular hemorrágico: ocorre hemorragia (sangramento) no cérebro provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos, provocando sofrimento no tecido cerebral.

Fatores de risco:

Não modificáveis: idade e genética.
Modificáveis: hipertensão (pressão alta), diabetes, dislipidemias (alterações dos níveis de colesterol e de triglicérides), tabagismo, vida sedentária, obesidade, ingestão de álcool, estresse e várias doenças cardíacas (problemas do ritmo cardíaco, das válvulas do coração ou infarto do miocárdio).

Dos fatores de risco a hipertensão é o principal, provocando alterações nas artérias. Na isquemia a longo prazo ocorre o processo de aterosclerose, ou seja, a deposição de gordura e cálcio na parede do vaso que vai endurecendo lentamente. Desse modo, as placas de aterosclerose vão estreitando a luz do vaso por onde o sangue corre até gerar uma trombose, isto é, o sangue coagula dentro do vaso e interrompe a circulação sangüínea. Portanto, a hipertensão arterial é fator de risco para a aterosclerose, que é fator de risco para o AVC isquêmico. No AVC hemorrágico, a hipertensão é responsável por deixar pequenos vasos do cérebro mais frágeis, estes podendo se romper, provocando sangramento e assim comprometendo o local em que isso ocorreu.

Manifestações Clínicas:

A sintomatologia depende da localização do processo isquêmico, do tamanho da área isquêmica, da natureza e funções da área atingida e da disponibilidade de um fluxo colateral (Sullivan, 1993).
Tratando-se de AVC, como a apresentação dos sintomas é muito variada, a dificuldade em reconhecê-los é maior e, portanto, maior é a demora para buscar atendimento num hospital, o que agrava o problema.

*Acidente vascular isquêmico:

·perda repentina da força muscular e/ou da visão

·alterações da fala

·tonturas

·formigamento em um dos lados do corpo

·alterações da memória

Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório(AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos.

*acidente vascular hemorrágico:

·dor de cabeça ·edema cerebral

·aumento da pressão intracraniana

·náuseas e vômitos

·déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.

Há um tipo de acidente vascular isquêmico, que chamamos de lacuna pois provoca uma lesão pequena dentro do cérebro, mais comumente visto em pessoas com fatores de risco como a hipertensão arterial, que pode ocorrer várias vezes sem a pessoa perceber, por não sentir nada, porque o quadro dura pouco tempo ou porque as alterações se normalizam depois de alguns dias. Entretanto, esses pequenos acidentes somados vão acometendo a memória, a forma de andar - os passos ficam mais curtos - e comprometem o equilíbrio. Além disso, o AVC lacunar múltiplo prejudica a deglutição – a pessoa engasga com muita freqüência – e provoca maior labilidade emocional (a pessoa fica mais emotiva). Essas alterações são sutis e vão aparecendo conforme esses pequenos infartos cerebrais ocorrem.

Tratamento:

O tratamento é emergencial. A pessoa deve ser encaminhada imediatamente para o hospital. Atualmente a postura do médico é mais ativa no sentido de preservar as funções do cérebro. A administração de trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos no caso de acidentes isquêmicos. A cirurgia pode estar indicada para a retirada de coágulos nos acidentes hemorrágicos ou para a retirada de embolos obstrutivos (endarterectomia) nos acidentes isquêmicos.

Mesmo que alterações tenham sido transitórias, a pessoa deverá ser levada para o atendimento a realização de exames.

Há estatísticas que mostram que acidentes vasculares isquêmicos transitórios podem ser prenúncio de um quadro definitivo que se instalaria dentro de 48 horas. Então, se a pessoa não der importância aos primeiros sintomas e marcar uma consulta médica para dias depois, estará correndo um risco enorme de que algo mais grave ocorra.

Após alta hospitalar, se houver necessidade, o paciente será encaminhado para atendimentos terapêuticos complementares:

  • fonoaudiologia
  • fisioterapia
  • terapia ocupacional
  • nutricionista
  • etc.

domingo, 21 de junho de 2009

Como ajudar o seu filho a falar corretamente?

1. EXEMPLO CORRETO DE FALA. Fale sempre corretamente com a criança e mostre como articular as palavras de uma maneira agradável para ela. Caso a criança não consiga falar, nunca diga que ela falou errado e sim dê o exemplo correto, corrigindo-a de uma forma indireta e eficiente.

2. DIZER O QUE QUER. Se seu filho apontar para um objeto, não dê no primeiro momento, peça a ele que diga o nome do que quer. Se ele não dizer, pode ser que ele ainda não conheça o nome, então ensine. Ex: O que você quer? Diga pra mim! Quer a caneta? Essa caneta? Ah... então vamos aprender o nome, é a CANETA (sempre articulando bem, falando pausadamente e olhando para a criança).

3. MOMENTOS DE PRAZER. Proporcione momentos em que a criança fale. Deixe-a contar sobre como foi na escola, o que comeu, histórias, representar, conversar sobre o dia no carro, contar sobre os amigos, etc.

4. FALE CERTO. Não use palavras no diminutivo nem em linguagem “tatibitate”. Por exemplo: em vez de “pepeta”, diga “chupeta”.

5. TENHA PACIÊNCIA. Fale com a criança, não por ela. Deixe-a terminar a frase no próprio tempo, mesmo que demore para completar a ideia.

6. BEBÊ, NÃO! Seu filho está crescendo e você já está querendo que ele fale corretamente. Então, não o trate como bebê e principalmente não o chame de bebê, nenê! Ele tem nome! 7.NÃO ACHE BONITINHO! Qual pessoa não acha bonitinho uma criança falar errado? Entretanto, não demonstre isso e sim, valorize quando seu filho falar corretamente.

8. NÃO EXIGIR ACIMA DAS POSSIBILIDADES. A criança vai adquirindo a fala conforme seu amadurecimento, então não exija que ela fale tudo corretamente antes do esperado para a sua idade.

9. ELIMINAR HÁBITOS INCORRETOS. Ajudar a criança a parar com o uso de chupeta, mamadeira, sucção digital (chupar o dedo), sucção de paninhos, etc, hábitos que irão poderão prejudicar o desenvolvimento da fala.

10. NUNCA COMPARAR.
Nunca compare a fala de seu filho com a de outras crianças, nem com dos irmãos, criticando-o ou diminuindo-o. Cada um é único! Procure sempre ajuda-lo a se desenvolver, contando sempre com a ajuda de uma fonoaudióloga para orienta-la e se necessário fazer uma avaliação.

Como as crianças começam a se comunicar?

Desenvolvimento de fala e linguagem das crianças

O desenvolvimento da linguagem (comunicação) das crianças inicia-se na fase intra-uterina. O feto através de manifestações corporais comunica-se com a mãe e com o mundo. A partir de quatro ou cinco meses o feto começa a ouvir e sentir os sons que vem do meio externo, se tranqüiliza com a voz da mãe e com alguns tipos de música. Principalmente nesta fase torna-se fundamental que os pais e irmãos falem com o feto, toquem a barriga da mãe, mantendo assim uma forma de comunicação. Muitas pessoas pensam que como o "bebê" ainda não está formado, ele não é capaz de compreender ou simplesmente sentir e assimilar tais informações, mas isso não é verdade, o feto já sente e começa a armazenar todo tipo de estímulo a ele oferecido.Já no primeiro mês de vida, a criança associa a voz humana à situações agradáveis como, alimentação vestuário e banho, possibilitando que ela desenvolva a capacidade de estar atenta aos sons.
A estimulação realizada pelos pais e familiares é muito importante, pois, a linguagem do bebê forma-se a partir da interação social. Neste sentido, a linguagem possui uma dinâmica, que implica a participação do outro, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo infantil. A linguagem é por um lado, um meio de interação, de relação e de construção do conhecimento.

Os pré-requisitos para o desenvolvimento da fala e da linguagem são:
  • Maturação cognitiva
  • Maturação neuromotora
  • Habilidades auditivas
  • Saúde físico e emocional
  • Trato vocal intacto
  • Ambiente encorajador e estimulante.
Toda criança por volta dos quatro ou cinco meses começa a balbuciar, ou seja, produz sons sem significado concreto, porém esses "barulhos" passam a ter significado quando nós damos tais significados, por exemplo: a criança fala: "ma ma ma, a mãe animada com a produção da criança repete dizendo: "Isso meu filho é a mamãe!”,“Vem com a mamãe!”,“Aqui a mamãe” e isso se repete várias vezes durante o dia, desta forma a criança começa a assimilar que o "ma ma ma” tem um significado e acaba produzindo mamãe sempre que necessário. Assim, ocorre em outras situações, com isso a criança as poucos vai descobrindo as possibilidades motoras, articulatórias e desenvolvendo assim o feedback auditivo, aproximando-se do padrão adulto.

Por volta do segundo ano de vida a criança já está conseguindo se comunicar bem através da fala, apesar de estar falando muitas palavras erradas é capaz de criar frases simples, como por exemplo: "mamã dá aga" e outras frases do tipo. Essas trocas articulatórias são consideradas normais para a faixa etária. Desta época até os três anos a criança acumula um grande número de palavras no seu vocabulário e sendo que geralmente pode confundi-las no momento de usá-las, entretanto isso também é normal, elas ainda estão se acostumando com este mundo novo.

Etapas do desenvolvimento da fala


Adaptação de ABOONE E PLANTE (1994)



Um outro fator importante para um bom desenvolvimento da fala é a retirada dos hábitos orais, ou seja, eliminar o uso de chupeta, dedo, mamadeira e outros artifícios que as crianças possam usar na boca. A manutenção destes hábitos pode proporcionar problemas tanto na articulação quanto no desenvolvimento da linguagem, já que esses objetos causam alterações a nível orgânico/estrutural (como má oclusão dentária, respiração oral, flacidez de língua, lábios e bochechas, etc...). Por estes motivos recomendamos a retirada destes hábitos com no máximo dois anos, quando a dentição permanente já está quase toda completa.

Foto feita por Mary Mari
Enfim, se a criança não tem nenhum tipo de comprometimento, sua fala deve estar normalizada por volta dos cinco anos. Caso isso não aconteça sugerimos aos pais ou responsáveis que a levem até uma fonoaudióloga para que a mesma faça uma avaliação orientando os mesmos com conduta mais adequada.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

11ª Festa da Imigração Japonesa

Sendo descendente de japoneses não posso deixar de divulgar a 11ª Festa da Imigração Japonesa, que acontecerá nos dias 20 (sábado – das 18h ás 23h) e 21 de junho (domingo – das 10h ás 18h).


Local: Centro Municipal de Eventos Limeira
Entrada Franca.
Estacionamento: 1kg de alimento não perecível (exceto sal e fubá) ou 1 produto de higiene em prol do Banco Municipal de Alimento.

Comidas japonesas - Cerimônia do Kagami Wari – Bon Odori – Taikô – Exposição do Consulado Geral do Japão – Oficinas de Ikebana e origami – Apresentações de ioiô – Espaço Anime – Exposição e vendas de orquídeas, artesanato e produtos orientais – Exposição de carros e motos de marcas japonesas.

Fonoaudiologia na Melhor Idade.

O Brasil vem apresentando uma expressiva mudança no seu perfil populacional, pois de uma situação de elevada taxa de fecundidade e mortalidade, passou-se para outra, de baixa fecundidade e menor mortalidade. A esperança de vida atualmente é de 67 anos e, em 2025, considera-se que poderá chegar aos 74 anos (Zimerman, 2000). Diante disso, o envelhecimento é um campo de interesse, pesquisa e atuação de grande número de especialidades. Ele constitui um âmbito ímpar para o trabalho interdisciplinar, uma vez que profissionais de diversas áreas (medicina, enfermagem, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, gerontologia, terapia ocupacional, etc.) têm possibilidades de oferecer uma contribuição decisiva para melhorar a qualidade de vida do idoso, através da prática do intercâmbio e da cooperação, assim como da busca de uma linguagem comum entre as diversas ciências. Foto feita por Pedro Simões7
A velhice não é um período caracterizado só por perdas e limitações, sendo que é possível manter e até aprimorar as funções cognitivas, físicas e afetivas, do idoso. Um dos desafios que as ciências atualmente enfrentam é o de perceber os limites e as potencialidades para o desenvolvimento na velhice, assim como as condições que aceleram, retardam ou compensam os resultados das mudanças ocorridas como conseqüência do envelhecimento.

A FONOAUDIOLOGIA é a área responsável pela reabilitação, tratamento e prevenção dos distúrbios da comunicação. Tais distúrbios podem estar relacionados à voz, audição, linguagem (tanto oral como escrita) e a motricidade oral (sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala).

A Fonoaudiologia no Brasil vem pesquisando a linguagem do indivíduo idoso nos casos de afasias e das demências senis, e também são realizados estudos para compreender e minimizar as conseqüências da presbiacusia (perda auditiva decorrente do envelhecimento) e da presbifonia (alteração da voz) na comunicação. Quanto ao fonoaudiólogo, este contribuirá no tratamento das alterações de linguagem sobre os déficits cognitivos e lingüísticos, sobre as desordens da fala quanto à forma e função dos órgãos fonoarticulatórios e sobre os distúrbios do sistema estomatognático (sucção, mastigação e deglutição), resgatando a qualidade física, comunicativa e social do indivíduo.

Cabe aos profissionais que lidam com o envelhecimento orientar os idosos quanto aos aspectos relativos a uma vida qualitativamente melhor: adoção de uma alimentação equilibrada, manutenção de hábitos saudáveis, combate ao sedentarismo, práticas voltadas à prevenção de doenças, manutenção das relações afetivas e sociais e das atividades que favoreçam as interações e o uso da comunicação.

Aulas para a Faculdade da Melhor Idade da FAAL

Hoje infelizmente foi o meu último dia de aula para a turma da Faculdade da Melhor Idade da FAAL (Faculdade de Administração e Artes de Limeira).

Infelizmente... pois a turma é excelente!!!!
São muito receptivos, simpáticos, alegres e participam fazendo inúmeras perguntas e comentários.
Gostaria de agradece-los mais uma vez pelo carinho e atenção.

Quem quiser entrar em contato comigo, podem escrever aqui mesmo no blog ou no meu e-mail.











Ah... e para quem queria saber o nome do livro do qual falei, aqui está:
Deu Branco. Um guia para desenvolver o potencial de sua memória.
Autora: Ana Alvarez (fonoaudióloga).

Coffee break de todas as tardes!!!

Um beijo á todos.
Daniela Satiko Okuma

segunda-feira, 15 de junho de 2009

RESPIRAR PELA BOCA FAZ MAL?

A respiração oral ocorre quando, na maioria das vezes, existe um impedimento à respiração nasal.
Geralmente crianças com alergia respiratória, obstruções mecânicas como: desvio de septo, hipertrofia das adenóides e ou amígdalas; problemas ortodônticos associado à presença de hábitos orais inadequados, como sucção de polegar e/ou chupeta, mamadeira por período prolongado e roer unhas mostram uma respiração predominantemente oral, durante o dia e à noite.


As Conseqüências da Respiração Oral

Além de maior exposição às infecções, o respirador oral, possui uma fisionomia de pessoa cansada, formato do rosto longo, com olheiras, boca sempre aberta, cansaço respiratório, mau hálito, "baba" noturna e roncos. A postura de toda a estrutura facial e corporal fica alterada. O corpo reage com compensações para respirar melhor, modificando sua postura.
A dificuldade para respirar pelo nariz, pode atrapalhar a qualidade do sono e o nível de concentração da criança durante o dia, podendo estar associado a dificuldade na aprendizagem. Alguns estudos referem menor oxigenação cerebral, quando esta ocorre pela boca.

Consequências na alimentação
Freqüentemente o respirador oral come rápido, mastiga pouco, utiliza líquido para auxiliar na deglutição, prefere alimentos moles de fácil mastigação, podendo a língua projetar-se entre os dentes durante a deglutição. Existe um cansaço para se alimentar e muitas vezes a criança rejeita grande parte da refeição.
Com tantas alterações na postura dos órgãos fonoarticulatórios, em repouso e na alimentação, é comum a presença de alterações na fala.


Reações de irritabilidade, impaciência, inquietude, desatenção também são consideradas, prejudicando o rendimento escolar.


O que fazer?
Através de uma boa avaliação interdisciplinar, a respiração pode ser corrigida por meio da atuação médica e reabilitadora: otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, pediatra, fisioterapeuta e ortodontista.


Resultados

Com certeza, a adequação da mastigação, deglutição e fala, o conforto respiratório, a melhora da musculatura oromiofacial, da postura, do aspecto estético, vão proporcionar melhor saúde e qualidade de vida à criança.


domingo, 14 de junho de 2009

Como cuidar da nossa voz! Fonoaudióloga Daniela Satiko Okuma

O aparecimento de rouquidão, cansaço vocal, perda da voz, dor ou sensação estranha na garganta ao engolir, pigarro e falta de ar são sinais que há algo errado na produção da voz. Podem ser sinais de patologias que acometem a laringe, podendo estar relacionadas ao mau uso e/ou abuso vocal.


SE A DISFONIA (ROUQUIDÃO) PERSISTIR POR MAIS DE 15 DIAS, É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PROCURAR UM OTORRINOLARINGOLOGISTA OU UMA FONOAUDIÓLOGA.

Higiene Vocal

Por isso é preciso conhecer e desenvolver medidas preventivas, mudando pequenos hábitos e comportamentos no nosso cotidiano, não apenas quando essas alterações aparecem.

Principais fatores de risco que devem ser considerados com atenção:
Fumo: Altamente nocivo, pois, no momento em que se traga a fumaça quente agride todo o sistema respiratório e, principalmente as pregas vocais, podendo causar irritação, pigarro, edema, tosse, aumento da secreção e infecções.

O fumo é considerado um dos principais fatores desencadeantes do câncer de laringe e pulmão. O risco de indivíduos fumantes apresentarem câncer de laringe é 40 vezes maior em relação aos não-fumantes.

Álcool: Causa irritação do aparelho fonador semelhante à produzida pelo cigarro, porém com uma ação principal de imunodepressão, ou seja, redução nas respostas de defesa do organismo.

O efeito associado do uso de tabaco e álcool triplica a probabilidade do risco de câncer.
Foto de Roparedes
Pigarrear ou “raspar a garganta”: oferece a sensação de que se elimina um corpo estranho na laringe, aliviando o sintoma de pressão na garganta, com eventual melhora da voz. Tal gesto, porém, é uma agressão para as pregas vocais, piorando a condição da laringe.

Tossir, gritar, falar bruscamente (ataque vocal brusco): gestos extremamente agressivos para a delicada mucosa da laringe.

Competição Sonora: é um hábito inadequado em resposta à poluição auditiva.

Falar sussurrado ou cochichado: representa um esforço maior que necessário para a produção natural da voz, já que nessas emissões bloqueamos a vibração livre das pregas vocais e o som é produzido apenas por fricção do ar.
Posturas Corporais Inadequadas: Para uma comunicação efetiva, o corpo e a voz devem expressar a mesma intenção. Assim, a postura ideal pode ser resumida:
--> corpo livre para que acompanhe o discurso espontaneamente, sem movimentação excessiva, o que cansa o ouvinte e gera ansiedade, mas também sem rigidez;
--> deve-se manter um eixo vertical único pelo alinhamento da coluna cervical;
--> não devem ser observadas zonas específicas de tensão.

Falta de repouso adequado: A produção da voz é uma função de enorme gasto energético. A energia necessária para colocar as pregas vocais em vibração e produzir a fala é grande e pode ocorrer fadiga vocal após uso excessivo (falar demais) ou em grande intensidade (voz muito alta).

*Repouso vocal absoluto: laringites agudas infecciosas, quadros gripais severos e no pós-operatório das lesões da laringe.

Ar condicionado: Em geral ocorre uma agressão à mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento do ambiente é acompanhado pela redução da umidade do ar, provocando o ressecamento do trato vocal, o que induz a uma produção da voz com esforço e tensão.

Alimentação:
* Alimentos pesados e muito condimentados lentificam a digestão e dificultam a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração;

*Alimentos leves, verduras e frutas bem mastigadas relaxam a musculatura da mandíbula, da língua e da faringe, melhorando a dicção e dando sensação de leveza ao corpo;

*Alimentos como o leite, chocolate e derivados aumentam a secreção de muco do trato vocal, prejudicando a ressonância, e induzem à produção de pigarro;

*Bebidas gasosas favorecem a fratulência, prejudicando o controle da voz;

Foto de Succcubus
*A maçã, por sua ação adstringente auxilia a limpeza da boca e da faringe, favorecendo a voz com melhor ressonância;

*Sucos cítricos auxiliam a absorção do excesso de secreção (Não ingerir se tiver problemas no estômago!);

*Alimentos e bebidas muito gelado são sempre nocivos, pois o choque térmico causa uma descarga imediata de muco e edema das pregas vocais.

*Para que ocorra a vibração das pregas vocais de modo livre e com atrito reduzido é essencial que a laringe esteja bem hidratada, assim como todo o trato vocal.

Esportes: Alguns esportes favorecem mais a nossa produção vocal do que outros:

*A natação e o caminhar são muito indicados, pois ativam todo o corpo e melhoram nossa respiração;

*São aconselhados também ioga e exercícios de estiramento muscular, como o alongamento corporal;

*Os exercícios que devem ser evitados e que, em certos casos de uso profissional devem ser até mesmo contra-indicados são aqueles que exigem movimentos violentos como: tênis, basquete, boxe, vôlei e musculação.

Vestuário: Pode interferir de três modos negativos para a produção da voz:

*Compressão - da região do pescoço e do abdômem. Por isso escolha roupas leves e folgadas, que permitam a movimentação do corpo;

*Alergias - As pessoas alérgicas devem escolher tecidos de fibras naturais e não os de fibras sintéticas;

*Postura - Evitar saltos altos, pois provocam uma postura tensa a fim de se manter o corpo ereto.

Voz... Qual a importância que damos á ela? Fonoaudióloga Daniela Satiko Okuma


Desde o nascimento a voz humana já se manifesta através do choro, grito e riso.

Todos somos reconhecidos e identificados através de nossa voz, sendo ela uma das expressões mais fortes, exclusiva do ser humano. A voz transmite muito mais que palavras, ela exprime nossos sentimentos mais ocultos.
Apenas ouvindo a voz de alguém podemos supor o sexo, a idade, a raça e o nível sócio-econômico-cultural da pessoa. Às vezes até imaginamos se o falante é gordo ou magro, novo ou idoso, bonito ou feio. Mais ainda, formamos conceitos sobre sua personalidade, se é ou está no momento: agressivo, calmo, ansioso, feliz, triste, afetuoso...

A voz modifica-se constantemente de acordo com:

*a idade;
*a saúde física;
*a história de vida pessoal;
*a situação;
*o contexto.

Como a voz é produzida?

A voz é produzida quando o ar que vem dos pulmões passa entre as pregas vocais localizadas na laringe, fazendo-as vibrar, produzindo então, um som. Entretanto, esse som precisa ser amplificado por cavidades de ressonância, ou seja, pela faringe, boca e nariz, sendo modificado também pelos dentes, lábios, língua e palato mole (parte posterior do “céu da boca”).

Flexibilidade Vocal:

Podemos modificar a voz constantemente, deixá-la mais fina, mais grossa, mais forte, mais rouca, mais nasal...

*Frequência:
Sons Agudos: as pregas vocais ficam mais longas, mais tensas e fazem um maior número de ciclos vibratórios por segundo. A laringe se eleva no pescoço.

Sons Graves: as pregas ficam mais curtas, menos tensas e seus movimentos mais lentos, com menos ciclos vibratórios por segundo. A laringe faz um movimento descendente no pescoço.

*Intensidade: depende principalmente da resistência glótica.
Sons intensos: são produzidos com maior pressão de ar, maior tensão e fechamento mais firme das pregas vocais.
Sons fracos: são emitidos com menor pressão de ar, pregas vocais mais relaxadas e menos próximas entre si.

*Qualidade Vocal: depende das modificações realizadas em todo o trato vocal.


Desenvolvimento da Laringe:

Voz do Bebê: emissão sonora rica, caracterizada por uma qualidade vocal descrita como delgada, sem diferenças quanto ao sexo.

Voz na Adolescência:
Transformação da laringe infantil em laringe adulta = MUDA VOCAL

1. meninos: ao redor dos 13 aos 15 anos, com aumento de aproximadamente 1cm das pregas vocais;
2. meninas: ao redor dos 12 aos 14 anos, no qual o crescimento das pregas vocais dificilmente ultrapassa 4mm.
A muda vocal é mais visível nos meninos, sendo que a voz torna-se levemente rouca e instável, com várias flutuações, mas tendendo aos sons graves.

Voz na Idade Adulta: é aquela que se apresenta após o término da muda vocal. A partir desse período, a voz é considerada estável.
Para falantes do português:
Homens: 113 Hz Hz (voz mais grave/grossa);
Mulheres: 204 Hz (voz mais aguda/fina).


Período de máxima eficiência vocal =>
25 aos 45 anos

Fonoaudiologia, saúde, atualidades...

Você sabe o que é fonoaudiologia?
Aqui você aprenderá tudo sobre essa profissão maravilhosa e também terá muitas informações sobre outras áreas da saúde.

Atualidades e curiosidades diversas também não faltará!

Enfim, este blog destina-se a todas as pessoas, sejam meus pacientes ou não, que compartilham da necessidade de serem bem orientados e atualizados!