O Brasil vem apresentando uma expressiva mudança no seu perfil populacional, pois de uma situação de elevada taxa de fecundidade e mortalidade, passou-se para outra, de baixa fecundidade e menor mortalidade. A esperança de vida atualmente é de 67 anos e, em 2025, considera-se que poderá chegar aos 74 anos (Zimerman, 2000). Diante disso, o envelhecimento é um campo de interesse, pesquisa e atuação de grande número de especialidades. Ele constitui um âmbito ímpar para o trabalho interdisciplinar, uma vez que profissionais de diversas áreas (medicina, enfermagem, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, gerontologia, terapia ocupacional, etc.) têm possibilidades de oferecer uma contribuição decisiva para melhorar a qualidade de vida do idoso, através da prática do intercâmbio e da cooperação, assim como da busca de uma linguagem comum entre as diversas ciências.
Foto feita por Pedro Simões7
A velhice não é um período caracterizado só por perdas e limitações, sendo que é possível manter e até aprimorar as funções cognitivas, físicas e afetivas, do idoso. Um dos desafios que as ciências atualmente enfrentam é o de perceber os limites e as potencialidades para o desenvolvimento na velhice, assim como as condições que aceleram, retardam ou compensam os resultados das mudanças ocorridas como conseqüência do envelhecimento.
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A velhice não é um período caracterizado só por perdas e limitações, sendo que é possível manter e até aprimorar as funções cognitivas, físicas e afetivas, do idoso. Um dos desafios que as ciências atualmente enfrentam é o de perceber os limites e as potencialidades para o desenvolvimento na velhice, assim como as condições que aceleram, retardam ou compensam os resultados das mudanças ocorridas como conseqüência do envelhecimento.
A FONOAUDIOLOGIA é a área responsável pela reabilitação, tratamento e prevenção dos distúrbios da comunicação. Tais distúrbios podem estar relacionados à voz, audição, linguagem (tanto oral como escrita) e a motricidade oral (sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala).
A Fonoaudiologia no Brasil vem pesquisando a linguagem do indivíduo idoso nos casos de afasias e das demências senis, e também são realizados estudos para compreender e minimizar as conseqüências da presbiacusia (perda auditiva decorrente do envelhecimento) e da presbifonia (alteração da voz) na comunicação. Quanto ao fonoaudiólogo, este contribuirá no tratamento das alterações de linguagem sobre os déficits cognitivos e lingüísticos, sobre as desordens da fala quanto à forma e função dos órgãos fonoarticulatórios e sobre os distúrbios do sistema estomatognático (sucção, mastigação e deglutição), resgatando a qualidade física, comunicativa e social do indivíduo.
Cabe aos profissionais que lidam com o envelhecimento orientar os idosos quanto aos aspectos relativos a uma vida qualitativamente melhor: adoção de uma alimentação equilibrada, manutenção de hábitos saudáveis, combate ao sedentarismo, práticas voltadas à prevenção de doenças, manutenção das relações afetivas e sociais e das atividades que favoreçam as interações e o uso da comunicação.